quarta-feira, 28 de novembro de 2012

THE YARDBIRDS- AQUI NASCEU JIMMY PAGE, JEFF BECK E ERIC CLAPTON


Informação geral
Origem Londres, Inglaterra
País  Reino Unido
Gênero(s) Blues-rock
Rhythm and blues
Rock psicodélico
Período em atividade 1962-1968;
1992 -atualmente
Gravadora(s) Columbia Records (Reino Unido)
Capitol Records CanadáEpic Records (Estados Unidos)
Página oficial www.TheYardbirds.com
Integrantes
Ben King
Chris Dreja
John Idan
Billy Boy Miskimmin
Jim McCarty
Ex-integrantes
Top Topham, Eric Clapton, Paul Samwell-Smith, Jeff Beck, Keith Relf, Jimmy Page, Rod Demick, Ray Majors, Laurie Garman, Alan Glen, Gypie Mayo
The Yardbirds foi uma das mais importantes bandas de blues-rock da Inglaterra nos anos 60. Além da qualidade do seu trabalho, ficou famosa por ter tido três dos melhores guitarristas de todos os tempos em sua formação, sucessivamente, Eric Clapton, Jeff Beck e Jimmy Page. O grupo surgiu em Londres em 1963, mas só tornou-se conhecido quando Clapton entrou para a banda.
Nesta época, segundo o próprio Eric Clapton, eram cinco os integrantes que compunham o grupo: Keith Relf nos vocais e gaita, Chris Dreja na Guitarra Base, Paul Samwell-smith no Baixo e Jim McCarty na Bateria. (Clapton, 2007,pg 57).
Fazendo covers do blues de Chicago, mas também investindo num estilo próprio, o Yardbirds chegaram as paradas inglesas com a canção "For your love" (1964), que investia num estilo mais pop. Isto desagradou a Eric Clapton, na época um purista do blues, que deixou a banda. Em seu lugar entrou Jeff Beck, que levou o grupo para uma "guinada" psicodélica e em 1966, Jimmy Page foi convidado para entrar no grupo. Pouco depois, Beck saiu e Page assumiu a liderança do conjunto. A síntese "blues-rock" de 1965-1966 chamou a atenção da crítica, mas não conseguiram grande sucesso comercial.
As divergências sobre que rumos a banda deveria tomar ocasionaram o seu fim. Jimmy Page ainda formaria em 1968 o New Yardbirds, banda que, mais tarde, mudaria seu nome para Led Zeppelin.

Discografia

  • Five Live Yardbirds (1964)
  • For Your Love (1965)
  • Having a Rave Up (1966)
  • Sonny Boy Williamson & the Yardbirds (1966)
  • Roger the Engineer (1966)
  • Over, Under, Sideways, Down (1966)
  • The Yardbirds (1966)
  • Little Games (1967)
  • Live Yardbirds Featuring Jimmy Page (1971)
  • BBC Sessions (1997)
  • Ultimate! (2001)
  • Birdland (2003)
  • Live! Blueswailing July ’64 (2003)
  • Married with the Crammy (2004)
  • Yardbirds live in the B. B. King Blues Club (2006)



terça-feira, 27 de novembro de 2012

DE GLASGOW NA ESCÓCIA, A PODEROSÍSSIMA BANDA NAZARETH


Nazareth é uma banda de rock escocesa. Formada na cidade de Dunfermline, nos anos 1960 pelo vocalista Dan McCafferty, o guitarrista Manny Charlton, o baixista Pete Agnew e o baterista Darrell Sweet, a banda teve vários sucessos, entre eles a composição de Felice e Boudleaux Bryant, "Love Hurts", nos anos 1970.

História

As origens

As origens do Nazareth remontam a 1961, ano em que Pete Agnew fundou o "The Shadettes". A primeira formação deste grupo foi: Pete Agnew (guitarra e vocal), Brian 'Pye' Brady (guitarra), Alfie Murray (guitarra), Alan Fraser (bateria) e Bobby Spence (baixo).
O grupo ganhou consistência, nos anos de 1964 e 1965, com a chegada de Darrel Sweet e Dan McCafferty. Em 1968, dois acontecimentos muito importantes na história da banda: o ingresso do lendário guitarrista Manny Charlton e a mudança do nome para Nazareth.
Até então o grupo limitava-se a fazer covers; porém, com Manny integrado ao grupo, os escoceses passaram a compor material próprio.

O auge

Após a mudança para Londres, lançaram seu primeiro disco, chamado Nazareth, em 1971. Em 1972 chamaram a atenção no mundo da música com o seu segundo álbum - Exercises -, o trabalho mais leve já realizado pela banda.
Em 1973, a banda procurava por um produtor para seu próximo álbum, que haveria de ter um som bem mais pesado que o anterior. A escolha não poderia ter sido melhor: Roger Glover. Segundo Dan McCafferty, "Roger Glover acabou envolvendo-se naquele álbum, pois o Nazareth estava abrindo para o Deep Purple na parte inglesa da turnê. Estávamos procurando um produtor, e então tocamos nossas Demos para o Roger, que obviamente já havia nos visto ao vivo. Ele gostou do material e fomos para o estúdio. Tudo foi muito simples, pois todos sabíamos o que queríamos dentro da banda, e o Roger, por estar em turnê conosco, também sabia. Gravamos tudo em duas semanas, e tínhamos que fazer duas músicas por dia (risos). Teve que ser um trabalho bem objetivo!" (trecho de entrevista publicada na revista Roadie Crew, edição n° 76 - maio/2005 - com reportagem de Claudio Vicentim e fotos de Ricardo Zupa). Assim, surgiu Razamanaz, que lançou o Nazareth ao estrelato e culminou com duas músicas qualificadas entre as dez mais tocadas no Reino Unido - "Broken Down Angel" e "Bad Bad Boy".
Todas as formações do Nazareth
Fase I
(1968-1978)
Fase II
(1978-1980)
Fase III
(1980-1983)
Fase IV
(1983-1990)
Fase V
(1990-1994)
Fase VI
(1994-1999)
Fase VII
(1999-2003)
Fase VIII
(2003 até os dias atuais)
Os dois álbuns que se seguiram, Loud 'N' Proud e Rampant, também foram produzidos por Glover, mas o sucesso foi um pouco menor.
O mais famoso álbum do Nazareth, Hair of the Dog, foi produzido pela própria banda e surgiu em 1975, sendo um marco para o Rock dos anos 70. Sua interpretação da música dos Everly Brothers "Love Hurts" resultou em disco de platina nos Estados Unidos e teve sucesso similar no Reino Unido. A este se seguiram uma série de álbuns que estão no Top 100 do Billboard 200.
Em 1978, o guitarrista Zal Cleminson (Sensational Alex Harvey Band) juntou-se ao grupo, gravando apenas dois álbuns com o Nazareth. Zal, todavia, deixou sua marca: seu dueto com Manny Charlton no álbum No Mean City é até hoje lembrado como um dos melhores trabalhos com guitarras já realizados em estúdio. Zal foi substituído por Billy Rankin, na época com apenas 19 anos.

Um período difícil

Nos anos 80, o sucesso da banda já não era mais o mesmo, mas eles continuaram na estrada, procurando novos caminhos para o grupo. Em 1981 gravaram o festejado "Snaz", álbum originado de um show realizado pelos escoceses em Vancouver, Canadá, no dia 13 de maio daquele ano.
O álbum "2XS", de 1982, trouxe as faixas "Love Leads To Madness" e "Dream On", que marcaram o retorno do Nazareth às rádios do mundo inteiro. A primeira delas, inclusive, foi um grande sucesso da trilha sonora da novela global "Sol de Verão". Porém, nos dois álbuns seguintes (Sound Elixir e The Catch), a banda recebeu fortes críticas, sendo acusada de deixar um pouco de lado o rock and roll e se dedicar a um som mais pop. A balada "Where Are You Now?" foi o único hit deste período conturbado. Billy saiu da banda em 1983 e o Nazareth voltou, assim, ao seu quarteto original.
O álbum Cinema (1986) trouxe de volta ao repertório da banda o seu rock competente, mas isso não foi suficiente para resgatar o grande sucesso dos anos 70.

O início da recuperação

Em 1990 foi a vez de Manny Charlton deixar a banda, para dedicar-se à carreira de produtor. Com isto, Billy Rankin foi chamado novamente, desta vez com a difícil tarefa de substituir um mito. Muitos pensaram que a saída de Manny colocaria um ponto final na carreira do Nazareth, mas o amor ao rock levou os escoceses a continuarem na estrada. Billy, por sua vez, mostrou-se à altura do cargo. No ano de 1992, o álbum No Jive foi muito bem recebido e devolveu ao Nazareth parte do prestígio que havia sido abalado nos anos 80. Em dezembro de 1994, Billy deixou o Nazareth pela segunda vez e Jimmy Murrison foi escolhido como substituto.
Em 1995, a banda teve o ingresso, como tecladista, do experiente músico Ronnie Leahy. No ano de 1998 surge o álbum Boogaloo, pouco divulgado, mas certamente um dos melhores álbuns já lançados pela banda.
Em 30 de abril de 1999 ocorre o inesperado: o baterista Darrel Sweet falece, vítima de um fulminante ataque cardíaco, minutos antes de um show que a banda realizaria nos Estados Unidos, na primeira parte da turnê de divulgação deste novo trabalho. Após uma pequena pausa de alguns meses para absorver o duro golpe pela morte do amigo, os veteranos escoceses encontraram forças para voltar à estrada. Pete chamou seu filho Lee Agnew, que era roadie da bateria de Darrel, para substituí-lo: o Nazareth estava de volta para continuar a turnê do álbum Boogaloo.

Nazareth no século XXI: rock e maturidade

Em 2002 lançaram seu primeiro DVD gravado ao vivo - Homecoming - onde os talentosos músicos da banda mostram que continuam em plena forma.
Em 2003, Ronnie resolve sair do grupo e o Nazareth volta a ter o line-up tradicional: vocal, guitarra, baixo e bateria.
Os DVD's From The Beginning e Live From Classic T Stage foram lançados no ano de 2005 e retratam dois momentos distintos da carreira da banda: o primeiro traz várias passagens dos anos 70 e o segundo foi gravado no mesmo ano de seu lançamento, em Londres.
Em 4 de agosto de 2006, mais um duro golpe para os escoceses: faleceu John Locke, ex-tecladista da banda, aos 62 anos, vítima de câncer.
O Nazareth é hoje considerado uma das bandas mais influentes no cenário do rock, sobretudo entre aquelas que ainda continuam em atividade. Seu rock vitorioso persiste, apesar das muitas dificuldades encontradas pelo caminho. A trajetória de sucesso destes escoceses tem sido atualmente considerada um ótimo exemplo para os músicos que estão em início de carreira, bem como para aqueles que sentem-se desestimulados após alguns fracassos na busca do sucesso. O motivo é que os veteranos Dan McCafferty e Pete Agnew jamais desanimaram diante das adversidades encontradas, enfrentando-as sempre com muita garra e amor ao trabalho que exercem.

"The Newz", o novo álbum

A longa carreira do Nazareth, ao que parece, não acabará tão cedo: após realizar incansáveis turnês ao redor do mundo, o grupo fez uma breve pausa nas apresentações e gravou, durante o mês de setembro de 2007, um novo CD de inéditas,[1] lançado no Brasil no mês de junho de 2008. As gravações foram realizadas no lendário Powerplaystudio, em Zurique, na Suíça.
O novo álbum de estúdio do Nazareth, intitulado "The Newz", é o 21º da carreira da banda e conta com 13 faixas inéditas: Goin' Loco, Day At The Beach, Liar, See Me, Enough Love, Warning, Mean Streets, Road Trip, Gloria, Keep On Travellin', Loggin' On, The Gathering e Dying Breed,[2] além da "hidden track" Goblin King. "The Newz" foi produzido pelo jovem talento Yann Rouiller e é o primeiro álbum de inéditas do Nazareth desde Boogaloo, lançado em 1998.
Todo o processo de gravação do novo CD foi filmado e resultará no lançamento de um DVD histórico, mostrando todos detalhes dos ensaios e dos ajustes finais das novas músicas do Nazareth.[3]

As turnês no Brasil

O Nazareth excursionou por terras tupiniquins em diversas oportunidades.
A primeira delas foi em dezembro de 1990, época em que a formação da banda era: Dan McCafferty (vocal), Pete Agnew (baixo/vocais), Billy Rankin (guitarra) e Darrel Sweet (bateria). Na cidade de São Paulo fizeram shows no extinto Dama Xoc e, no mesmo final de semana, foram a atração internacional da festa comemorativa dos 5 anos da Rádio 89 FM. Apresentaram-se também em Santos, no extinto Caiçara Music Hall.
A banda retornou em setembro de 1995, com a mesma formação da turnê de 1990, desta vez dividindo o palco com seus amigos do Uriah Heep. Esta foi a turnê de divulgação do álbum Move Me, trabalho que deve ser creditado em boa parte ao guitarrista Billy Rankin, que compôs a maioria das músicas.
No final de maio do ano de 2004, uma nova turnê brasileira, sendo que o grupo já contava com seu line-up atual. Nesta oportunidade, os escoceses fizeram na casa de shows Olympia (SP) aquela que havia sido, provavelmente, a melhor apresentação da banda no Brasil, sendo muito elogiados por público e crítica. Além de São Paulo, Salvador (BA) e Tubarão (SC) também tiveram a oportunidade de ver a lenda viva do rock and roll.
Entretanto, a quarta turnê brasileira do Nazareth, realizada em 2007, superou em muito as expectativas. O guitarrista Jimmy Murison e o baterista Lee Agnew evoluíram muito, enquanto Dan e Pete provaram que são como vinho: quanto mais velhos, melhores. A turnê contou com as seguintes apresentações: Porto Alegre (18/04), Curitiba (19/04), Florianópolis (20/04) e São Bernardo do Campo (21/04). Os shows de Curitiba e São Bernardo foram gravados, sendo que o show realizado em Curitiba resultou no DVD e nos CDs "Nazareth - Live in Brazil", lançados no mês de setembro.
Os veteranos escoceses retornaram ao Brasil em 2008, durante a turnê de celebração dos 40 anos de carreira do grupo.
E voltaram em 2009, no mes de junho, se apresentando apenas no Paraná.
Em 2010, a banda escocesa voltou ao país e se apresentou na cidade de Criciúma no extremo sul catarinense. Após problemas de extravio de bagagem os produtores da banda foram às compras na cidade, e com isso o vocalista da banda se apresentou com uma camiseta da marca local, Rock City. No momento do show, o vocalista agradeceu em inglês a uma das sócias da loja.
Em Novembro de 2011, novas apresentações pelo Sul do País, em cidades do Paraná e Santa Catarina, como União da Vitória e Blumenau, respectivamente[4].
Para Fevereiro de 2012, segundo o site oficial da banda, novas apresentações no Brasil, em cidades do Nordeste e Sudeste.

A turnê comemorativa dos 40 anos de Nazareth

Em 2008, o quarteto escocês, que completa 40 anos ininterruptos de existência, está fazendo uma turnê comemorativa. Para esta turnê, a banda agendou vários shows no Brasil, os quais foram realizados no mês de maio. As cidades brasileiras que receberam a visita dos escoceses nesta oportunidade foram: Maringá, Cascavel, Fortaleza, Joinville, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, São Paulo, Curitiba, Londrina (30/05) e Tubarão.[5] Em dois shows da turnê, o mito Dan McCafferty soube muito bem explorar o que o Brasil tem de melhor: o futebol. Numa junção entre Rock and Roll e a modalidade esportiva, o vocalista do Nazareth subiu ao palco vestindo as camisas de clubes locais. O primeiro foi em Ponta Grossa/PR, com a camisa do Operário Ferroviário E.C. Em outro show da banda, Dan McCafferty vestiu a camisa do Atlético Tubarão da cidade de Tubarão/SC. Os fãs-torcedores foram ao delírio.
Segundo o site oficial do quarteto escocês,[5] a banda retornará à América Latina no mês de dezembro, ocasião em que poderá realizar novas apresentações em terras tupiniquins.

Discografia

Videografia

  • 1981 - Live in Texas (VHS)
  • 1985 - Razamanaz - Live in London (VHS)
  • 2001 - Homecoming - Live in Glasgow (DVD)
  • 2002 - Razamanaz - Live in London 1985 (Versão em DVD)
  • 2002 - Live in Texas 1981 (Versão em DVD)
  • 2002 - Homecoming - The greatest hits live in Glasgow (DVD)
  • 2005 - From The Beginning (DVD)
  • 2005 - Live From Classic T Stage (DVD)
  • 2005 - Naza'Live Scottish TV 1981 (DVD)
  • 2007 - Nazareth Live in Brazil 2007(DVD)

Turnês


LED ZEPPELIN- A MAIOR E INIGUALÁVEL BANDA DE ROCK DA HISTÓRIA

Em 1966, Jimmy Page juntou-se a banda de blues-rock The Yardbirds, para substituir o guitarrista Paul Samwell-Smith, Page, logo trocou o baixo pela guitarra, ele e Jeff Beck desenvolveram juntos uma guitarra de dois braços[23]. Após a saída de Beck em Outubro de 1966, os The Yardbirds estavam cansados de tantas turnês e gravações, o grupo estava em declínio, Page queria formar um novo supergrupo com ele e Beck nas guitarras, Keith Moon e John Entwistle do The Who na bateria e baixo[24]. Os vocalistas Steve Winwood e Steve Marriott também foram considerados para o projeto. O grupo nunca foi formado, embora Page, Beck e Moon tenham gravado uma música juntos em 1966, "Beck's Bolero", em uma sessão que também contou com o baixista e tecladista John Paul Jones[25].
Os The Yardbirds fizeram seu último show em julho de 1968 em Luton College of Technology, em Bedfordshire. Eles ainda estavam empenhados em fazer diversos concertos na Escandinávia, para o baterista Jim McCarty e o vocalista Keith Relf autorizaram Page e o baixista Chris Dreja a usar o nome de "The Yardbirds" para cumprir as obrigações da banda.[23]
Originalmente a banda foi formada pelo guitarrista Jimmy Page e pelo baixista Chris Dreja em Julho de 1968 com o nome de "The New Yardbirds" de modo a conseguirem cumprir um contrato feito para a realização de concertos na Escandinávia, assinado antes do último concerto dos Yardbirds. Terry Reid recusou a oferta de Page para ser o vocalista, mas sugeriu Robert Plant[23], conhecido pelo seu trabalho no grupo "The Band of Joy". Junto com ele veio o baterista John Bonham. Quando Dreja saiu para se tornar fotógrafo, John Paul Jones, estimulado pela esposa, procurou Jimmy Page, a quem conhecia por terem atuado juntos como músicos de estúdio, e se ofereceu para tocar baixo na nova banda. Oferta aceita, estava formado o quarteto que viria a se transformar em uma das mais bem sucedidas bandas de rock dos anos 70.[26]

A capa do álbum Led Zeppelin mostra o dirigível Hindenburg após incêndio.
Após alguns concertos como "The New Yardbirds", a banda mudou o nome para Led Zeppelin. Esse nome surgiu depois que Keith Moon e John Entwistle comentaram que um "supergrupo" contendo eles dois, Jimmy Page e Jeff Beck (que era a ideia original de Page) cairia como um "balão de chumbo" (do inglês "lead zeppelin"). A palavra "lead" é propositadamente mal escrita para que a pronúncia correta seja usada (também poderia ser lida como "lid", que lhe daria outro significado).[27][28]

Primeiros anos (1968-70)


Led Zeppelin tocando no Festival de Montreux em março de 1970.
Pouco tempo depois, em 14 de novembro de 1968, a banda anunciou seu novo nome e fez sua primeira apresentação na Universidade de Surrey, em Guildford, em 25 de Outubro de 1968[26][29], o grupo editou o seu primeiro álbum Led Zeppelin em 1969. Esse álbum resultava de uma combinação entre o blues, o rock e influências orientais com amplificações distorcidas, o que o levou a tornar-se um dos pivôs do surgimento do heavy metal,[2] embora Plant já tenha declarado injusta a taxação do grupo como heavy metal, já que aproximadamente um terço de sua música era acústica. No final dos anos 60 e início dos anos 70, a palavra heavy metal tinha uma conotação pejorativa, o que fez com que os artistas rotulados como heavy metal preferissem outros nomes como heavy rock, ou simplesmente rock and roll. O imediato sucesso do primeiro disco foi o pontapé de saída para a carreira da banda, especialmente nos Estados Unidos[6], onde eles haveriam de atuar frequentemente, e onde as vendas de seus discos foram suplantadas apenas pelos Beatles.
O álbum foi gravado em outubro de 1968, no Olympic Studios, em Londres, e lançado pela Atlantic Records em 12 de janeiro de 1969. O álbum foi criado e produzido por todos os quatro integrantes do grupo e estabeleceu a difusão entre blues e rock[6]. A banda também criou um grande número de seguidores e devotados, com suas próprias canções de hard rock e som agradável; para eles, uma parte da contracultura em ambos os lados do Atlântico.
Inicialmente, o álbum tinha sido negativamente recebido pela crítica, mas foi muito bem sucedido comercialmente e, ao longo dos anos, passou a ser aclamado mundialmente, sendo considerado um dos maiores álbuns de todos os tempos: o 29º melhor álbum de todos os tempos pela revista Rolling Stone. Aparece também na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.

Bron-Yr-Aur, a casa de campo em Galês em que Page e Plant se mantiveram em 1970, para escrever muitas das faixas que apareceram em terceiro e quarto álbuns da banda.
Em seu primeiro ano, o Led Zeppelin completou quatro turnês nos Estados Unidos e Reino Unido[28], a banda aproveitou ainda para lançar seu segundo álbum, chamado simplesmente Led Zeppelin II[1], seguindo o mesmo estilo, e incluía o sucesso "Whole Lotta Love", que, conduzido pela secção rítmica, definia o som da banda[30]. Gravado quase que inteiramente na estrada em vários estúdios norte-americanos, foi um sucesso comercial ainda maior do que o primeiro álbum e alcançou a posição número um nas tabelas dos Estados Unidos e do Reino Unido[24]. O álbum tinha mais idéias desenvolvidas e estabelecidas do que o álbum de estréia, criando uma obra com um som direto que era "pesado e duro, brutal e direto" e que seria altamente influente e frequentemente imitado[31]. Steve Waksman sugeriu que Led Zeppelin II foi "o ponto de partida para a música de heavy metal"[32].
Led Zeppelin II promoveu a temas líricos estabelecidas no seu álbum de estreia, criando uma obra que se tornou mais amplamente aclamado e influente que o seu antecessor[1]. Com elementos de blues e música popular estilo em evolução, que também exibe a faixa de material musical de blues e seus derivados e guitarra riff baseada no som. É um dos álbuns mais pesados da banda[30].
No seu lançamento, Led Zeppelin II ganhou uma quantidade considerável de vendas e foi o primeiro álbum do Led Zeppelin a entrar para alcançar o número um no Reino Unido e Estados Unidos.[4] Em 15 de Novembro de 1999, foi certificada 12x platina pela RIAA (Recording Industry Association of America) por vendas superiores a 12 milhões de cópias. Após a sua recepção inicial, ele foi reconhecido por escritores e críticos de música como um dos maiores álbuns de rock mais influentes e já registrado, entrando também na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.
Page e Plant, como outros músicos de rock do cenário inglês, tinham uma formação fortemente enraizada no blues. Assim, o primeiro álbum do Led Zeppelin continha muitas releituras de músicas de blues. Porém, os créditos vinham para os músicos da banda. A história se repete com "Whole Lotta Love", que apresenta grandes semelhanças com "You need Love", de Willie Dixon. A banda foi depois acusada de ter usado as letras sem as creditarem a Dixon, e só 15 anos depois, devido a um processo posto pela Chess Records, foi feito um acordo e efectuado o pagamento devido, com Willie Dixon sendo creditado nas devidas músicas. Por fim, Dixon acabou se tornando amigo de Page e Plant.[1]
A banda também gostava do rock and roll estadunidense, tocando, por diversas vezes, músicas de Elvis Presley e Eddie Cochran em seus shows. As performances ao vivo do Led Zeppelin, com frequência, alcançavam 2 horas ou mais de duração, e em alguns casos, como no "Texas Pop Festival" de 1969, a banda chegou a tocar por 4 horas seguidas.
Para a gravação do seu terceiro álbum, Led Zeppelin III em 1970, a banda retirou-se para "Bron-Yr-Aur", uma cabana remota em Snowdonia, no País de Gales, sem electricidade ou água encanada.[33] Isto resultou num som mais acústico, o que gerou algumas críticas negativas na época.
Em Novembro de 1970, a Atlantic Records editou "Immigrant Song" em single, sem a autorização da banda e contra a sua vontade. Incluía no lado B "Hey Hey What Can I Do". Foram editados mais nove singles, sempre sem a autorização da banda, que via os seus álbuns como indivisíveis.[1] A frustração da banda em relação aos singles provinha do seu empresário Peter Grant, que era um acérrimo defensor dos álbuns - e também devido ao fato de a gravadora Atlantic ter feito uma reedição de "Whole Lotta Love", que foi cortada de 5:43 para 3:10 minutos. Para além disso, a banda sempre evitou aparecer na televisão, preferindo que os seus fãs os vissem ao vivo.

"maior banda do mundo" (1971-75)


Plant e Page em conserto em Hamburgo, Alemanha em março de 1973 pouco antes do lançamento do quinto álbum do Led Zeppelin, Houses of the Holy.
As várias tendências musicais do grupo foram fundidas no seu quarto álbum, que não possui qualquer título oficial mencionado na capa e é habitualmente designado de Led Zeppelin IV, na linha dos três anteriores registros da banda. Os catálogos da Atlantic Records costumam chamar de ZoSo, Four Symbols (Quatro Símbolos) e The Fourth Album (O Quarto Álbum). O guitarrista dos Led Zeppelin, Jimmy Page, frequentemente refere-se ao álbum em entrevistas como Led Zeppelin IV, enquanto que o vocalista Robert Plant designa-o de "o quarto álbum, mais nada".
Não apenas o álbum não tinha nome, mas o nome da banda também não aparecia em sua capa.[28] O álbum incluía faixas como "Black Dog", o misticismo folk de "The Battle of Evermore" (cuja letra foi inspirada em "O Senhor dos Anéis") e a combinação dos dois estilos em "Stairway to Heaven", um sucesso estrondoso nas rádios, aclamada por muitos como sendo o maior clássico do rock de todos os tempos, e acabou sendo editada como single sem a autorização da banda. O álbum contém ainda uma memorável regravação de "When the Levee Breaks" de Memphis Minnie.[29]

Símbolos dos integrantes da banda, que aparecem pela primeira vez no álbum Led Zeppelin IV.
O álbum liderou as paradas, e subsequente a turnê de concertos da América do Norte do Led Zeppelin em 1973 bateu recordes de atendimento, como eles sempre cheios de grandes auditórios e estádios. No Tampa Stadium, em Flórida, eles tocaram para 56.800 fãs (quebrando o recorde estabelecido por The Beatles no Shea Stadium em 1965), e arrecadou 309.000 dólares.[25]
É um dos álbuns mais vendidos da história, com mais de 23 milhões de cópias vendidas somente nos Estados Unidos, e da sua enorme popularidade cimentou o status de superstars do Led Zeppelin na década de 1970[34]. As vendas a nível mundial estimam-se para cerca de 37 milhões de cópias, sendo outro álbum que está presente na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame[6].
O álbum seguinte, Houses of the Holy, lançado em 1973, continha músicas mais longas e experimentais, com o uso de sintetizadores e arranjos de cordas feitos por Jones em músicas como "The Song Remains the Same", "No Quarter" e "D'yer Mak'er". Esse álbum bateu os recordes de audiência, tendo chegado ser ouvido por mais de 50 mil pessoas.[6] Três concertos no Madison Square Garden foram filmados para a realização de um filme, mas o projecto foi adiado por vários anos.
O álbum marca uma mudança no estilo do som da banda. Os riffs de guitarra se tornaram mais trabalhosos, com tecnicas e influências do blues. Mesmo assim não deixou de ser mais um excelente trabalho da banda, tendo sido outros sucesso de vendas no mundo, além de ser considerado o 149º melhor álbum de todos os tempos pela Rolling Stone.

Led Zeppelin ao vivo no Chicago Stadium, em janeiro de 1975.
Foi o último álbum lançado pela Atlantic Records, pois em 1974 o quarteto lançou seu próprio selo, a Swan Song Records[6]. Swan Song era o título de uma música do Led Zeppelin que nunca foi lançada, tendo sido gravada posteriormente com o nome "Midnight Moonlight" no primeiro álbum dos "The Firm", banda criada por Page após o fim do Led Zeppelin. Além dos álbuns do próprio Led Zeppelin a "Swan Song" editou álbuns de Bad Company, Pretty Things, Maggie Bell, Detective, Dave Edmunds, Midnight Flyer, Sad Café e Wildlife.
Em 1975, foi lançado Physical Graffiti, o primeiro álbum duplo para a Swan Song. Este álbum incluía músicas que sobraram dos 3 álbuns anteriores e mais algumas novas. Mais uma vez a banda mostrou a sua enorme diversidade de estilos, que iam do folk e rock progressivo ao heavy metal.
Pouco tempo depois do lançamento de Physical Graffiti toda a produção anterior do Led Zeppelin atingiu a lista dos 200 mais vendidos, o que nunca tinha sido visto anteriormente.[28] A banda embarcou para mais uma turnê pelos Estados Unidos, batendo novos recordes de audiência. No fim do ano, tocaram 5 noites seguidas no Earl’s Court (esses concertos foram gravados em vídeo e editados apenas 28 anos depois em DVD). Nessa altura, no pico da sua carreira, eram considerados por muitos como a "A Maior Banda De Rock Do Mundo".[26]
Se a popularidade da banda em palco era impressionante, a sua fama pelos excessos era ainda maior. Eles viajavam num jato particular, alugavam pisos inteiros de hotéis, e tornaram-se objecto de algumas das histórias mais famosas, envolvendo danos materiais a quartos de hotel, aventuras sexuais, abuso de drogas e culto à magia negra.

Hiato de turismo e o retorno (1975-77)


Jimmy Page e Robert Plant, em uma turnê na cidade de Chicago, nos Estados Unidos em 1977.
Em 1976, a banda fez um intervalo nas turnês e começou a filmar segmentos fantásticos para o filme ainda não editado. Durante esse intervalo, Robert Plant quebrou um tornozelo num acidente de carro; impedidos de fazer concertos, a banda entrou em estúdio para gravar o seu sétimo álbum, Presence[26]. O álbum conquistou disco de platina antes de chegar às lojas, algo inédito para a época, e marcou mais uma guinada no estilo da banda, que abandonou os arranjos complexos dos álbuns anteriores se afastando gradativamente do heavy metal[26]. Mas o pior para Plant ainda estava por vir: durante a turnê do álbum nos EUA, seu filho Karac morreu de uma infecção estomacal.
No final de 1976, sai finalmente o filme The Song Remains the Same e a sua trilha sonora[35]. Embora a gravação do concerto datasse de 1973, esse seria o único documento filmado do grupo lançado oficialmente durante os 20 anos seguintes.[35] Uma curiosidade sobre a trilha sonora desse filme é que o "setlist" do concerto do filme não coincidia com as músicas no álbum: algumas músicas do filme não apareceram no álbum e vice-versa[35]. Esse álbum seria o único disco ao vivo oficial disponível, até a edição de BBC Sessions em 1997.[28]
Em 1977, o Led Zeppelin embarcou em outra turnê norte americana. A banda registrou outro recorde de público em 30 de abril com 76.229 pessoas no Pontiac Silverdome.[36] Foi de acordo com o Guinness World Records, o maior show para com um público no ano.[37]

Pontiac Silverdome, em Michigan, onde a banda estabeleceu um recorde de maior público em 1977, com 76.229 pessoas.
Em 1978, a banda voltou ao estúdio para as gravações de In Through the Out Door, álbum lançado em 20 de agosto, aniversário de Robert Plant. Esse álbum continha "All My Love", dedicada a Karac, seu filho[38]. Agora eram 8 discos no Top 200 da Billboard e shows com ingressos esgotados por todos os lados, provando que o Led Zeppelin ainda era uma banda forte. Embora o Led Zeppelin nessa época já fosse considerada uma banda antiga, eles ainda arregimentavam uma enorme legião de fãs, tendo esse álbum chegado ao topo da lista dos mais vendidos, tanto no Reino Unido como nos Estados Unidos. No entanto há que se notar que o Led Zeppelin desde o álbum Presence e então com In Through the Out Door começava uma série de experimentações que estavam deixando meio de lado o heavy metal que eles ajudaram a criar, seus riffs já não eram tão pesados e marcantes. In Through the Out Door foi um disco onde John Paul Jones e Robert Plant assumiram muito do controle criativo da banda[39]. Jones maravilhado com a aquisição de novos teclados Yamaha acabou por levar a banda para um lado mais progressivo. Nessa época o Reino Unido vivia a ascensão do Punk Rock e o Led Zeppelin estava cada vez mais distante de seu famoso som inicial, que era chamado pejorativamente de dinossauro pelos punks ingleses. Esse tipo de referência pejorativa que os garotos punks faziam ao Zeppelin, somados aos excessos de Jones e Plant nas gravações levaram John Bonham a demonstrar seu descontentamento com o referido disco. Em um pub inglês ele chegou a comentar com Jimmy Page que eles dois (Bonham e Page) deveriam assumir o controle da banda após In Through the Out Door e lançarem um disco pesado para dar combate ao então punk rock inglês, contudo esse fato nunca chegou a se concretizar devido a morte de Bonham em 1980.

Morte de Bonham e o fim (1978-1980)


Após a morte de John Bonham (foto de 1975) em 25 de Setembro de 1980, os membros remanescentes do Led Zeppelin decidiram dissolver o grupo.
Em novembro de 1978 o grupo gravou na Polar Studios em Estocolmo, na Suécia. O álbum resultante, In Through the Out Door, exibiu a experimentação sonora que novamente chamou reações mistas dos críticos.[26] No entanto, o álbum alcançou o número um no Reino Unido e os Estados Unidos em apenas uma semana o seu segundo no Billboard album chart. Com o lançamento deste álbum, o catálogo inteiro do Led Zeppelin voltou ao Billboard Top 200 nas semanas de 27 de Outubro e 3 de Novembro de 1979.
Em agosto de 1979, depois de dois shows de aquecimento em Copenhague, Led Zeppelin anunciou dois concertos no Festival de Música de Knebworth, tocando para cerca de 104 mil pessoas na primeira noite.[40] Uma breve e discreta turnê européia foi realizada entre Junho e Julho de 1980, com um conjunto despojado sem os longos e habituais e solos e congestionamentos.[41] Em 27 de junho, em um show em Nuremberg, na Alemanha, o concerto veio a uma parada abrupta no meio da terceira música, quando Bonham teve um colapso no palco e foi levado às pressas para o hospital.[24] A especulação na imprensa sugeriu que seu colapso teve sido o resultado de consumo excessivo de álcool e uso de drogas, mas a banda afirmou que ele simplesmente comeu demais.
Em 24 de outubro de 1980, Bonham foi pego pelo assistente do Led Zeppelin Rex King para assistir aos ensaios no Bray Studios. Durante a viagem Bonham pediu para parar para o café da manhã, onde ele bebeu quatro vodkas quádruplas com um pedaço de presunto.[42] Ele continuou a beber muito quando ele chegou ao estúdio. Os ensaios foram interrompidos na tarde daquela noite, e a banda se retirou para a casa Old Mill de Page em Clewer, Windsor. Uma autópsia não encontrou outras drogas no corpo de Bonham. Bonham foi cremado em 10 de outubro de 1980, e suas cinzas enterradas na igreja paroquial de Rushock em Droitwich, Worcestershire.[35]
Em 25 de setembro de 1980, John Bonham foi dado como morto asfixiado por seu próprio vômito em um quarto da mansão de Jimmy Page. Sua morte serviu para dar fim à carreira do Led Zeppelin. A banda se preparava para uma série de turnês pelos Estados Unidos e ensaiava, mas, após esse incidente, a banda foi desfeita rapidamente, pois não haveria mais condições de continuar com o nome Led Zeppelin[12].

Pós-fim


Led Zeppelin em 2007, da esquerda: John Paul Jones, Robert Plant, Jimmy Page.
O primeiro projeto pós-Led Zeppelin da banda foi o The Honeydrippers, um grupo formado por Jimmy Page e Robert Plant, junto aos guitarristas Jeff Beck, Paul Shaffer, e Nile Rodgers. Plant cantava na banda com um estilo diferente do Led Zeppelin, em um gênero mais R&B, com destaque para o cover de "Sea of Love", que alcançou a posição número três nas paradas da Billboard no início de 1985.[43]
Dois anos após a morte de John Bonham, a banda editou Coda, uma coleção de músicas não-editadas, inicialmente tocadas em um concerto da banda no Royal Albert Hall, em 1970, cada secção a partir do Led Zeppelin III até Houses of the Holy, o álbum póstumo contava ainda com um som instrumental de tambor de John Bonham de 1976, chamado de "Bonzo's Montreux".[39]
Em 13 de Julho de 1985, o Led Zeppelin reuniu-se para o concerto Live Aid, com Tony Thompson e Phil Collins na bateria. Um ano depois Page, Plant e Jones voltam a reunir-se com Tony Thompson, com o intuito de voltarem a tocar como Led Zeppelin, mas um grave acidente de carro envolvendo Thompson, pôs fim a esta intenção[44]. Eles voltaram a se reunir 1988, com Jason Bonham no lugar que foi de seu pai, para o 40º aniversário da Atlantic Records. Esta formação ainda voltou a tocar no 21º aniversário da filha de Bonham, Cármen, e no casamento de Jason[45].
Page e Plant, sem Jones, voltaram a reunir-se em 1994 para contribuir para a série "Unplugged", da MTV, intitulado "No Quarter". Jones não gostou de não ter sido chamado para essa gravação, especialmente porque o título do álbum, "No Quarter", vem de uma música de mesmo nome, que contém muito de seu trabalho. O estresse entre ele e Page e Plant foi ainda mais agravado quando, em uma entrevista coletiva Plant disse que ele estava "estacionando o carro"[46] .

Jason Bonham, filho do baterista John Bonham. Em algumas ocasiões, ele substituiu seu pai nas reuniões do Led Zeppelin.
Em 1997, foi lançado o primeiro álbum do Led Zeppelin em 15 anos, BBC Sessions. Esse álbum duplo incluía a quase totalidade das gravações que a banda tinha feito para a BBC, embora alguns fãs tenham notado a falta de uma sessão de 1970 que incluía a música nunca editada "Sugar Mama"[28]. A essa altura, a "Atlantic" editou um single de "Whole Lotta Love", que se tornou o único single da banda.
Em 2003, foi lançado o álbum How the West Was Won e o DVD Led Zeppelin, um conjunto cronológico de seis horas de imagens ao vivo. No fim do ano, o DVD tinha vendido mais de 520 mil cópias, o DVD musical mais vendido da história.[26]
Em 2006, a banda recebeu o Prêmio Polar de Música, um dos mais prestigiosos do mundo, como melhor banda de rock de todos os tempos.[47][48]
No dia 10 de setembro de 2007, Jimmy Page, Robert Plant e John Paul Jones se reuniram em Londres e anunciaram seu retorno aos palcos em uma única apresentação para vinte mil pessoas em um show em homenagem a Ahmet Ertegun, fundador da Atlantic Records, morto em 2006.[49] A renda da apresentação foi destinada a uma instituição que concede bolsas.[50] Eles anunciaram ainda que, no dia 13 de novembro de 2007, seria lançado um novo CD intitulado Mothership, uma coletânea de canções escolhidas pela própria banda e com nova remasterização, para substituir as coletâneas Early Days e Latter Days lançadas anteriormente e que não foram consideradas com o "padrão de qualidade" do Led Zeppelin. [51]O concerto foi realizado em 10 de dezembro de 2007, em Londres, e contou com a presença de Jason Bonham na bateria.[50][51][13] Em 2008, Jimmy Page e John Paul Jones tocaram "Rock and Roll" e "Ramble On", junto com Dave Grohl e Taylor Hawkins, no DVD Foo Fighters Live At Wembley Stadium.[52]
Em 7 de janeiro de 2009, o manager de Jimmy Page, Robert Mensch, declarou que os planos de reviver a banda foram abandonados.[53][54]

Gêneros musicais


John Paul Jones tocando com a banda em Mannheim, Alemanha, em 1980, em sua última turnê.
A banda já foi classificada em diversos gêneros musicais: heavy rock, rock progressivo, hard rock[39], heavy metal[11][2][39], blues-rock,[4] e folk rock.[55] Page já explicou em entrevista para a Guitar World que tinha uma ideia muito clara do que queria fazer com o grupo: "Eu tinha várias ideias dos meus dias com o The Yardbirds. O Yardbirds me permitiu improvisar muito nas apresentações ao vivo e eu comecei a construir um livro de anotações de ideias que, eventualmente, usei com o Zeppelin. Além dessas ideias, eu também queria acrescentar texturas acústicas. Finalmente, eu desejava que o Zeppelin fosse um casamento de blues, hard rock e música acústica coberto por refrões pesados/heavy—combinação que nunca tinha sido feita antes. Um monte de luz e sombra na música.".[56]
As canções da banda foram, ao longo dos anos, alvo de muitas versões; os americanos Dread Zeppelin fizeram a carreira à custa de versões e paródias das músicas do Led Zeppelin; Alexis Korner fez uma versão de "Whole Lotta Love", que foi durante muitos anos o tema do "BBC Chart Show"; Tina Turner também fez uma versão da mesma música; e a London Philharmonic Orchestra fez um tributo que incluía "Stairway to Heaven", "When the Levee Breaks" e "Kashmir".
O guitarrista Stanley Jordan fez um boa interpretação instrumental de "Stairway to Heaven", canção cujos solos eram frequentes em uma montagem cinematográfica dos anos 80 do livro de Marcelo Rubens Paiva, Feliz Ano Velho. Frank Zappa também gravou "Stairway to Heaven". Uma banda brasileira que fez uso de uma canção do Led Zeppelin foram os cariocas do Planet Hemp, que adicionaram à parte instrumental de "The Ocean" uma letra de autoria deles e o som foi batizado de "Adoled", que foi editado no disco Os Cães Ladram mas a Caravana não Para de 1997.
Em 1995, foi editado Encomium, um disco tributo ao Led Zeppelin com vários artistas modernos dos mais diversos estilos. Destacam-se no disco a versão notável de "Dancing Days" interpretada pelo grunge Stone Temple Pilots e as versões pesadissímas de bandas modernas de metal influenciadas pelo Led Zeppelin como Helmet em Custard Pie e Rollins Band com Four Sticks.

Legado


Robert Plant em um concerto do Led Zeppelin nos Estados Unidos em 1973. Plant cujo estilo musical vem influenciando o estilo rock.
A influência do Led Zeppelin se mostrou poderosa em bandas de heavy metal, thrash metal e metal alternativo dos anos 90 que regravaram em estúdio ou ao vivo diversas covers da banda. Muitas destas assumiram publicamente ter o Led Zeppelin como sua maior influência. Dentre as bandas influenciadas tivemos regravações diversas como Tool gravando "No Quarter" no CD/DVD Salival de 2000, Korn com "Whole Lotta Love" e "Immigrant Song" nos ensaios de seu acústico para MTV, os já citados Helmet com "Custard Pie" e Rollins Band com "Four Sticks" no disco Encomium, Crowbar ao vivo com "No Quarter", Down ao vivo com "Dazed and Confused" em 2007, Megadeth com "Out on Tiles" nas edições especiais do disco United Abominations de 2007[57], Soundgarden com diversos covers ao vivo como "Whole Lotta Love", "Communication Breakdown" e "Stairway to Heaven" [58]. O grupo brasileiro Angra regravou "Kashmir" para um CD tributo ao Led Zeppelin em 2002. O Oasis costumava tocar o riff de "Whole Lotta Love" após o encerramento da música "Cigarettes & Alcohol" em seus shows, performance que pode ser encontrada no CD e DVD ao vivo Familiar to Millions, editado em 2001. A banda Cachorro Grande já interpretou duas vezes a música D'yer Mak'er no programa Altas Horas e também cita o Led Zeppelin como uma das influências para o seu disco Cinema.
Ao contrário de muitos dos seus contemporâneos, a banda sempre foi muito protetora das suas músicas e raramente autorizava que elas fossem usadas para outros fins. Mais recentemente, eles foram se tornando mais flexíveis, podendo-se ouvir música dos Zeppelin em filmes como Almost Famous e Escola de Rock.
Nos extras do filme Escola de Rock, Jack Black manda um recado aos integrantes do Led Zeppelin, para autorização da música "Immigrant Song" ser tocada no filme, e se refere a eles como "Deuses do Rock" e a maior banda de rock de todos os tempos, fato já apresentado pela revista Rolling Stone.

Formação

A banda chamava ao seu empresário, Peter Grant, de o "quinto elemento"[59].

Discografia